So easy

Em poucas palavras eu solto versos, não sei falar tão bem quanto às vezes escrevo. Vou tentando. As palavras, o modo como consigo me expressar aqui neste espaço, às vezes é uma arma para mim, consigo atirar em quem eu quiser, quando eu quiser e graças, não firo muita gente. Minha vida tem um duplo sentindo, sou cheia de personalidades, me fantasio em algumas, há exceções. Cheia de metamorfoses, renasço a cada instante. Sonho acordada, falo sozinha, brigo ludibriadamente quando quero. Abrigo alguém em mim. Em vão são as tentativas que faço, em vão é uma palavra sem esperança e é justamente isso que se foi, esperança. Não a esperança de crescer, evoluir meu ego, massagear minha alma. Foi-se a esperança de ficar, esta foi-se outrora para nunca mais voltar. Esses cacos que sobraram eu pretendo montar, não erguer um castelo, mas colar os pedacinhos, para dignificar meu ego e fazer dessas lembranças, o que deve ser feito, recordar, não viver, lembrar. E um dia esquecer, viver de passado é egocêntrico, não quero que me pertença. Quero voar daqui! Em busca do que quero! E ficar lá, é lá que eu quero estar! As vezes sinto que estou velha demais para o meu corpo, é como se minha mente me ultrapassasse avassaladoramente, infame, desesperada! Tentando sair desse pequeno corpo, como um peixe dentro de um pequeno aquário. É absoluta a sensação de ser grande, em um corpo pequeno. Impressionante o martírio que temos que carregar, por ser quem somos, por estar onde estamos, por viver como vivemos. Cheia de sonhos.

Maísa Gomes :)

- Quanto rastro de incompreensão eu já deixei? Tantos bons quantos maus motivos. Tantas vezes desilusão!