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terça-feira, 22 de junho de 2010

Digno de dolo

E não adianta de maneira alguma você ou qualquer outra pessoa vir falar que não dá certo, que não devo tentar ser ou fazer. Independente do teu modo de pensar eu vou, eu irei! Não adianta chorar, se esmiuçar ou a boca porca falar. Cala-te diante de mim. Não posso mais ouvir tuas vozes, vá para longe, esconda-te onde eu jamais possa enxergar-te, para mim já não és digno de zelo. Tua presença se perdeu e falta eu nem tenho, nem ao menos dos grandes olhos teus. Perca-te, amadureça, flagele-se, seja digno de dolo. Jamais olhe-me de novo, sou a menina dos olhos de Deus. Tua peça é desfigurada, teu sentido se desfaz, tuas palavras se contradizem, não és quem disse que és. Não me olhe, não me critique, nem me anime. Suas palavras são cruas, teu jeito é frio, tua sensibilidade é mísera, tua necessidade é muita. És pouco e pequeno, mimado e salgado. Sou curta e grossa. Grande e abundante, madura e doce.

Te desfizestes ao passar dos anos.
Morrestes sem planos.
Ficastes a esperar, à beira mar, alguém que nunca irá passar.

Maísa Gomes :)

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